O neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis falou sobre sua pesquisa em menção à polêmica das declarações as Universidades Federais.
A revista Nature publicou no último dia 10 uma pesquisa liderada pelo neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, que possibilitou dois paraplégicos votar a caminhar. O projeto do neurocientista contou com desenvolvimento de um novo dispositivo de estimulação muscular para ser colocado em prática.
A interface cérebro-máquina do dispositivo de estimulação muscular utilizada no projeto, possibilitou que dois pacientes com paraplegia crônica voltassem a caminhar apoiados em 70% do peso do próprio corpo.
“Os pacientes foram capazes de caminhar com segurança apoiados em 70% do peso do próprio corpo, acumulando ao todo 4.580 passos”
Declaração dos cientistas do estudo
A pesquisa do “Walk Again Project” (Projeto Andar Novamente) que é um consórcio internacional sem fins lucrativos, tem como foco recuperação de pacientes com lesões medulares. Assistindo o vídeo divulgado pelo pesquisa é possível ver a caminhada dos pacientes que, ao imaginarem o movimento da perna, acionam a contração de oito músculos do membro com auxílio da máquina.
O brasileiro Miguel Nicolelis publicou um vídeo com os pacientes caminhando em sua conta no Twitter e escreveu fazendo referência às polêmicas vistas nos últimos dias sobre as universidades federais brasileiras.
“Aqui novamente as imagens de um feito histórico da balbúrdia da ciência brasileira!”, escreveu Miguel. A menção faz referência à justificativa do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que nos últimos dias classificou as ações nas universidades federais brasileiras como “balbúrdia” utilizando esse pretexto para justificar o congelamento de 30% das despesas não obrigatórias de todas essas instituições no país.
O trabalho de Miguel Nicolelis ganhou prestígio fora do meio acadêmico na abertura da Copa do Mundo no Brasil, em 2014. Na ocasião, um jovem paraplégico caminhou e deu um chute simbólico bola no início da partida, através de um exoesqueleto desenvolvido pela equipe do neurocientista brasileiro.

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Artigo publicado por Fábio Pappen
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